segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cronista do Descobrimento_Jean Léry(Biografia)

  • 1534 - 1611 Jean Léry ou Saint-Hilare

  • Missionário pastor calvinista(apaixonado pelo que fazia) e escritor europeu(pioneiro da literatura informativa no Brasil) nascido em La Margelle, França, que acompanhou Villegaignon ao Rio para fundar a França Antártica e cuja obra escrita resultou em grande valor histórico e etnográfico. Sapateiro de ofício, aderiu à Reforma e tornou-se membro da igreja reformada de Genebra durante a fase inicial da Reforma Calvinista, onde estudou teologia. Decidiu (1556) integrar um grupo de ministros e artesãos protestantes em uma viagem ao Forte Coligny, núcleo inicial da França Antártica, a malograda colônia francesa que tentaria ser estabelecida no Rio de Janeiro, Brasil. O grupo foi coordenado por Nicolau Durandcavaleiro de Villegaignon, com ajuda financeira e apoio de Gaspard de Coligny, almirante da marinha francesa convertido ao calvinismo. Embarcou com outros 14 missionários (1557), com o objetivo de transmitir os ensinamentos do Mestre na nova terra, mas passados apenas oito meses da chegada, Villegaignon os expulsou acusando-os de heresia. Dois meses depois, escapando de ser preso e conseqüente execução, conseguiu regressar à Europa (1558), foi acolhido na França por autoridades protestantes e ordenou-se em Genebra. Nomeado pastor (1560), começou a escrever suas experiências brasileiras que seriam publicadas em Histoire d'un voyage fait en la terre du Brésil, autrement dite Amérique (1578), cuja versão para o português, de Alencar Araripe Sérgio Milliet, teve o nome de Viagem à terra do Brasil. Fonte de imenso valor para o estudo das origens do país, narrando a vida e os costumes dos tupinambás, e a história da França Antártica, também foi traduzida em latim, alemão e holandês. Em determinada parte de seu texto mostrou-se impressionado a fauna dos manguezais: ...Existem ainda caranguejos terrestres a que os tupinambás chamam ussa, e surgem aos bandos nas praias e outros lugares pantanosos. Quando alguém se aproxima, fogem de costas e se salvam com celeridade nos buracos abertos nos troncos e raízes das árvores, donde não podem ser tirados sem perigo por causa de seus ferrões, embora possa a pessoa chegar facilmente até o buraco visível. Mais magros que os caranguejos marinhos, quase não têm carne e exalam cheiro de raiz de cânhamo, não sendo de bom paladar (1578). Permaneceu trabalhando como pastor até o fim de sua vida e morreu em Berna.                                                                                           

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